sábado, 25 de maio de 2013

SIMULADO PORTUGUÊS II - 20 QUESTÕES - COM GABARITO





+invejoso nunca teve medo, nem amedronta seus vizinhos;
b) enquanto o invejoso prospera, seus vizinhos empobrecem;
c) o invejoso não cresce e não permite o crescimento dos vizinhos;
d) o temor atinge o invejoso e também seus vizinhos;
e) o invejoso não provoca medo em seus vizinhos.


2. Leia e responda:
"O destino não é só dramaturgo, é também o seu próprio contra-regra, isto é, designa a entrada dos personagens em cena, dá-lhes as cartas e outros objetos, e executa dentro os sinais correspondentes ao diálogo, uma trovoada, um carro, um tiro."

Assinale a alternativa correta sobre esse fragmento de D. Casmurro, de Machado de Assis:

a) é de caráter narrativo;
b) é de caráter reflexivo;
c) evita-se a linguagem figurada;
d) é de caráter descritivo;
e) não há metalinguagem.
3. "Tão barato que não conseguimos nem contratar uma holandesa de olhos azuis para este anúncio."

No texto, a orientação semântica introduzida pelo termo nem estabelece uma relação de:

a) exclusão;
b) negação;
c) adição;
d) intensidade;
e) alternância.
Texto para a questão 4.

– Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
– Esquece.
– Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Mo
diga. Ensines-lo-me, vamos.
– Depende.
– Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
– Está bem. Está bem. Desculpe. Fale como quiser.
(L. F. Veríssimo, Jornal do Brasil, 30/12/94)

4. O texto tem por finalidade:

a) satirizar a preocupação com o uso e a colocação das formas pronominais átonas;
b) ilustrar ludicamente várias possibilidades de combinação de formas pronominais;
c) esclarecer pelo exemplo certos fatos da concordância de pessoa gramatical;
d) exemplificar a diversidade de tratamentos que é comum na fala corrente.
e) valorizar a criatividade na aplicação das regras de uso das formas pronominais.

5. Bem cuidado como é, o livro apresenta alguns defeitos. Começando com "O livro apresenta alguns defeitos",
o sentido da frase não será alterado se continuar com:

a) desde que bem cuidado;
b) contanto que bem cuidado;
c) à medida que é bem cuidado;
d) tanto que é bem cuidado;
e) ainda que bem cuidado.
Texto para as questões 6 e 7.

"Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.

Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com um mínimo de elementos.

De água e luz ele faz seu esplendor, seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico."

(Rubem Braga, 200 Crônicas Escolhidas)

6. Nas três "considerações" do texto, o cronista preserva, como elemento comum, a idéia de que a sensação de esplendor:

a) ocorre de maneira súbita, acidental e efêmera;
b) é uma reação mecânica dos nossos sentidos estimulados;
c) decorre da predisposição de quem está apaixonado;
d) projeta-se além dos limites físicos do que a motivou;
e) resulta da imaginação com que alguém vê a si mesmo.
7. Atente para as seguintes afirmações:

I - O esplendor do pavão e o da obra de arte implicam algum grau de ilusão.
II - O ser que ama sente refletir em si mesmo um atributo do ser amado.
III - O aparente despojamento da obra de arte oculta os recursos complexos de sua elaboração.

De acordo com o que o texto permite deduzir, apenas:
a) as afirmações I e III estão corretas;
b) as afirmações I e II estão corretas;
c) as afirmações II e III estão corretas;
d) a afirmação I está correta;
e) a afirmação II está correta.
Texto para as questões 8 e 9.

"Em nossa última conversa, dizia-me o grande amigo que não esperava viver muito tempo, por ser um "cardisplicente".

– O quê?
– Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração.
Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário.
– "Cardisplicente" não existe, você inventou – triunfei.
– Mas seu eu inventei, como é que não existe? – espantou-se o meu amigo.
Semanas depois deixou em saudades fundas companheiros, parentes e bem-amadas. Homens de bom coração não deveriam ser cardisplicentes."

8. Conforme sugere o texto, "cardisplicente" é:

a) um jogo fonético curioso, mas arbitrário;
b) palavra técnica constante de dicionários especializados;
c) um neologismo desprovido de indícios de significação;
d) uma criação de palavra pelo processo de composição;
e) termo erudito empregado para criar um efeito cômico.
9. "– Mas se eu inventei, como é que não existe?"

Segundo se deduz da fala espantada do amigo do narrador, a língua, para ele, era um código aberto:

a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular;
b) a ser enriquecido pela criação de gírias;
c) pronto para incorporar estrangeirismos;
d) que se amplia graças à tradução de termos científicos;
e) a ser enriquecido com contribuições pessoais.
Texto para as questões 10 e 11.

"A triste verdade é que passei as férias no calçadão do Leblon, nos intervalos do novo livro que venho penosamente perpetrando. Estou ficando cobra em calçadão, embora deva confessar que o meu momento calçadônido mais alegre é quando, já no caminho de volta, vislumbro o letreiro do hotel que marca a esquina da rua onde finalmente terminarei o programa-saúde do dia. Sou, digamos, um caminhante resignado. Depois dos 50, a gente fica igual a carro usado, é a suspensão, é a embreagem, é o radiador, é o contraplano do rolabrequim, é o contrafarto do mesocárdio epidítico, a falta da serotorpina folimolecular, é o que mecânicos e médicos disseram. Aí, para conseguir ir segurando a barra, vou acatando os conselhos. Andar é bom para mim, digo sem muita convicção a meus entediados botões, é bom para todos."

(João Ubaldo Ribeiro, O Estado de S. Paulo, 6/8/95)



10. No período que se inicia em "Depois dos 50...", o uso de termos (já existentes ou inventados) referentes a áreas diversas tem como resultado:

a) um tom de melancolia, pela aproximação entre um carro usado e um homem doente;
b) um efeito de ironia, pelo uso paralelo de termos da medicina e da mecânica;
c) uma certa confusão no espírito do leitor, devido à apresentação de termos novos e desconhecidos;
d) a invenção de uma metalinguagem, pelo uso de termos médicos em lugar de expressões corriqueiras;
e) a criação de uma metáfora existencial, pela oposição entre o ser humano e objetos.
11. Na frase "Aí, para conseguir ir segurando a barra, vou acatando os conselhos...". Aí será corretamente substituído, de acordo com seu sentido no texto, por:

a) Nesse lugar
b) Nesse instante
c) Contudo
d) Em conseqüência
e) Ao contrário
12. A prosopopéia, figura que se observa no verso "Sinto o canto da noite na boca do vento", ocorre em:

a) "A vida é uma ópera e uma grande ópera."
b) "Ao cabo tão bem chamado, por Camões, de ‘Tormentório’, os portugueses apelidaram-no de ‘Boa Esperança’."
c) "Uma talhada de melancia, com seus alegres caroços."
d) "Oh! eu quero viver, beber perfumes, Na flor silvestre, que embalsama os ares."
e) "A felicidade é como a pluma..."
13.

Folha: De todos os ditados envolvendo o seu nome, qual o que mais lhe agrada?
Satã: O diabo ri por último.
Folha: Riu por último.
Satã: Se é por último, o verbo não pode vir no passado.
(O Inimigo Cósmico, Folha de S. Paulo, 3/9/95)

Rejeitando a correção ao ditado, Satã mostra ter usado o presente do indicativo com o mesmo valor que tem em:

a) Romário recebe a bola e chuta. Gooool!
b) D. Pedro, indignado, ergue a espada e dá o brado de independência.
c) Todo dia ela fez tudo sempre igual.
d) O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
e) Uma manhã destas, Jacinto, apareço no 202 para almoçar contigo.
14. Reflita sobre o diálogo abaixo:

X – Seu juízo melhorou?
Y – Bom... é o que diz nosso psiquiatra.
Em Y:
(1) Bom não se classifica como adjetivo.
(2) é diz estão conjugados no mesmo tempo.
(3) é pronome demonstrativo.
(4) psiquiatra é o núcleo do sujeito.
Somando-se os números à esquerda das declarações corretas com referência a Y, o resultado é:
a) 6
b) 7
c) 8
d) 9
e) 10
15. "(...) a gíria desceu o morro e já ganhou rótulo de linguagem urbana. A gíria é hoje o segundo idioma do brasileiro. Todas as classes sociais a utilizam."

(Rodrigues, Kanne. Língua Solta. O Povo. Fortaleza, 30/12/93. Caderno B, p. 6)

Assinale a letra em que não se emprega o fenômeno lingüístico tratado no texto.

a) A linguagem tida como padrão, galera, é a das classes sociais de maior prestígio econômico e cultural b) Gíria não é linguagem só de marginal, como pensam alguns indivíduos desinformados.
c) Apesar de efêmera e descartável, a gíria é um barato que enriquece o idioma.
d) "A gíria enriquece tanto a linguagem como o poder de interação entre as comunidades. Sacou?!"
e) O economista começou a falar em indexação, quando rolava um papo super cabeça sobre babados mil.
As questões 16 e 17 deverão ser respondidas a partir do texto que segue. Os números entre parênteses, nas alternativas, remetem as linhas do texto.

"Sou, em princípio, contra a pena de morte, mas admito algumas exceções. Por exemplo: pessoas que contam anedotas como se fossem experiências reais vividas por elas e só no fim você descobre que é anedota. Estas deviam ser fuziladas.
Todos os outros crimes puníveis com a pena capital, na minha opinião, têm a ver, de alguma maneira, com telefone.
Cadeira elétrica para as telefonistas que perguntam: "Da onde?"
Forca para pessoas que estendem o polegar e o dedinho ao lado da cabeça quando querem imitar um telefone.
(Curiosamente, uma mímica desenvolvida há pouco. Ninguém, misericordiosamente, tinha pensado nela antes, embora o telefone, o polegar e o mindinho existam há anos).
Garrote vil para os donos de telefone celular em geral e garrote seguido de desmembramento para os donos de telefone celular que gostam de falar no meio de multidões e fazem questão de que todos saibam que se atrasou para a reunião porque o furúnculo infeccionou.
(Claro, a condenação só viria depois de um julgamento, mas com o Aristides Junqueira na defesa.)"
(L. F. Veríssimo, "Morte", Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 22/12/1994. Caderno Opinião, p. 11)

16. Atente para o conteúdo de (a) (b) e (c)

(a) Nem toda telefonista merece cadeira elétrica.
(b) Aristides Junqueira na acusação: réu descriminado.
(c) Deve-se aplicar exatamente a mesma penalidade aos donos de telefone.
Considerando o texto:

a) apenas uma letra é correta;
b) só uma letra é incorreta;
c) todas as letras são corretas;
d) a maioria das letras é incorreta;
e) nenhuma letra é correta.
17. Indique a alternativa correta:

a) em princípio (l. 1) tem sentido equivalente a por princípio;
b) como se (l. 3) estabelece, ao mesmo tempo, uma relação de aparência e dúvida;
c) deviam (l. 4) corresponde ao futuro do pretérito;
d) Em Todos os (l. 6), o artigo poderia ser dispensado;
e) têm a ver (l. 7) constitui um todo indissociável cuja idéia central é expressa pelo verbo auxiliar.
18. Assinale a alternativa que contém a correta classificação morfológica da palavra que, de acordo com a ordem em que aparece no seguinte período: "O certo é que não levantou os olhos para mim porque queria que abençoasse aquele recanto de terra, quelhe dera algumas ilusões.":

a) pronome relativo – pronome relativo – conjunção subordinativa integrante;
b) conjunção subordinativa integrante – conjunção subordinativa adverbial causal – pronome relativo;
c) conjunção subordinativa integrante – conjunção subordinativa integrante – conjunção subordinativa integrante;
d) pronome relativo – conjunção subordinativa integrante – pronome relativo;
e) conjunção subordinativa integrante – conjunção subordinativa integrante – pronome relativo.
19. "__________ chegando os compradores que _________ os imóveis – disse o corretor, quando _____________ na conversa."

a) Vêem - valorizam - interveio;
b) Vêm - valorizem - interviu;
c) Vêem - valorizem - interveio;
d) Vêm - valorizam - interveio;
e) Vem - valorizam - interveio.
20. Disseram para _______ falar ________ ontem, mas não ________ encontrei em parte alguma.

a) mim - consigo - o;
b) eu - com ele - lhe;
c) mim - consigo - lhe;
d) mim - contigo - te;
e) eu - com ele - o.
GABARITO

01. C                                                                          11. C
02. B                                                                          12. C
03. B                                                                          13. E
04. A                                                                          14. E
05. E                                                                          15. B
06. C                                                                          16. B
07. D                                                                          17. A
08. C                                                                          18. E
09. E                                                                          19. D
10. B                                                                          20. E

Gêneros textuais e esferas de circulação






Coletânea de textos :: Gêneros textuais e esferas de circulação

Neste espaço você encontra uma relação dos diferentes gêneros textuais e as esferas de circulação deles.

COTIDIANA: Adivinhas, Diário, Álbum de Família Exposição Oral, Anedotas, Fotos, Bilhetes, Músicas, Cantigas de Roda, Parlendas, Carta Pessoal, Piadas, Cartão, Provérbios, Cartão-postal, Quadrinhas, Causos, Receitas, Comunicado, Relatos de Experiências Vividas, Convites, Trava-Línguas, Curriculum Vitae.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA:
 Autobiografia, Letras de Músicas, Biografias, Narrativas de Aventura, Contos, Narrativas de Enigma, Contos de Fadas, Narrativas de Ficção, Contos de Fadas Contemporâneos, Narrativas de Humor, Crônicas de Ficção, Narrativas de Terror, Escultura, Narrativas Fantásticas, Fábulas, Narrativas Míticas, Fábulas Contemporâneas, Paródias, Haicai, Pinturas, Histórias em Quadrinhos, Poemas, Lendas, Romances, Literatura de Cordel, Tankas, Memórias, Textos Dramáticos.

CIENTÍFICA: Artigos, Relato Histórico, Conferência, Relatório, Debate, Palestra, Verbetes, Pesquisas

ESCOLAR: Ata, Relato Histórico, Cartazes, Relatório, Debate, Regrado, Relatos de Experiências, Diálogo/Discussão Argumentativa Científicas, Exposição Oral, Resenha, Júri Simulado, Resumo, Mapas, Seminário, Palestra, Texto Argumentativo, Pesquisas, Texto de Opinião, Verbetes de Enciclopédias

IMPRENSA: Agenda Cultural, Fotos, Anúncio de Emprego, Horóscopo, Artigo de Opinião, Infográfico, Caricatura, Manchete, Carta ao Leitor, Mapas, Mesa Redonda, Cartum, Notícia, Charge, Reportagens, Classificados, Resenha Crítica, Crônica Jornalística, Sinopses de Filmes, Editorial, Tiras, Entrevista (oral e escrita)

PUBLICITÁRIA: Anúncio, Músicas, Caricatura, Paródia, Cartazes, Placas, Comercial para TV, Publicidade Comercial, E-mail, Publicidade Institucional, Folder, Publicidade Oficial, Fotos, Texto Político, Slogan.

POLÍTICA: Abaixo-Assinado, Debate Regrado, Assembleia, Discurso Político “de Palanque”, Carta de Emprego, Fórum, Carta de Reclamação, Manifesto, Carta de Solicitação, Mesa Redonda, Debate, Panfleto.

JURÍDICA: Boletim de Ocorrência, Estatutos, Constituição Brasileira, Leis, Contrato, Ofício, Declaração de Direitos, Procuração, Depoimentos, Regimentos, Discurso de Acusação, Regulamentos, Discurso de Defesa, Requerimentos.

PRODUÇÃO E CONSUMO: Bulas, Relato Histórico, Manual Técnico, Relatório, Placas, Relatos de Experiências Científicas, Resenha, Resumo, Seminário, Texto Argumentativo, Texto de Opinião, Verbetes de Enciclopédias.

MIDIÁTICA:
 Blog, Reality Show, Chat, Talk Show, Desenho Animado, Telejornal, E-mail, Telenovelas, Entrevista, Torpedos, Filmes, Vídeo Clip, Fotoblog, Vídeoconferência, Home Page.

Palavras Parônimas




PARÔNIMOS



PALAVRAS PARÔNIMAS - têm grafia e pronúncia parecidas e significados também diferentes. Vejam algumas delas:

COMPRIMENTO (extensão) e CUMPRIMENTO (saudação)
DEFERIR (conceder) e DIFERIR (adiar, divergir, distinguir-se)
DESCRIÇÃO ( ato de descrever) e DISCRIÇÃO (reserva em atos e atitudes)
DESPERCEBIDO (desatento) e DESAPERCEBIDO (despreparado, desprevenido)
EMERGIR (vir à tona, despontar) e IMERGIR (mergulhar)
EMIGRANTE (quem sai voluntariamente de seu próprio país para se estabelecer em outro)
IMIGRANTE (quem entra em outro país a fim de se estabelecer)
EMINENTE (destacado, elevado) e IMINENTE (prestes a acontecer)
FLAGRANTE (evidente) e FRAGRANTE (perfumado, aromático)
FLUIR (correr com abundância) e FRUIR (desfrutar, aproveitar)
INFLAÇÃO (desvalorização da moeda) e INFRAÇÃO (violação da lei)
INFRINGIR (transgredir) e INFLIGIR (aplicar)
RATIFICAR (confirmar) e RETIFICAR (corrigir)
TRÁFEGO (trânsito de veículos em vias públicas) e TRÁFICO (comércio desonesto ou ilícito)
VULTOSO ( que faz vulto, volumoso ou de grande importância)
VULTUOSO (acometido de congestão da face)


Resumo - PARÔNIMAS: grafia e pronúncia semelhantes.

FORMAS VARIANTES: são as palavras que, com a mesma significação, admitem grafia e pronúncia distintas.

Catorze e quatorze / cociente e quociente / aspecto e aspeto / xérox e xerox [óks]
xeretar e xeretear / assoviar e assobiar / bêbedo e bêbado / matracar e matraquear / chipanzé e chimpanzé / mobiliar, mobilhar e mobilar.

Palavras Homônimas





HOMÔNIMOS


Em português, há palavras que se assemelham na forma (pronúncia ou grafia), que têm significados diferentes, são chamadas de HOMÔNIMAS e entre elas distinguem-se as HOMÓGRAFAS E HOMÓFONAS.

HOMÔNIMAS HOMÓGRAFAS são as palavras que apresentam a mesma grafia e a mesma pronúncia. Também são chamadas de HOMÔNIMAS PERFEITAS.

CAMINHO (substantivo) - CAMINHO (verbo)
CEDO (substantivo) - CEDO (verbo)
FOR (verbo ser) - FOR (verbo ir)
LIVRE (adjetivo) - LIVRE (verbo)
SÃO (adjetivo) - SÃO (verbo)
SERRA (substantivo - SERRA (verbo)

AS PALAVRAS HOMÓGRAFAS que não são HOMÔNIMAS PERFEITAS têm mesma grafia, mas diferem na pronúncia. Veja:
COLHER (substantivo) - COLHER (verbo)
COMEÇO (substantivo) - COMEÇO (verbo)
GELO (substantivo) - GELO (verbo)
TORRE (substantivo) - TORRE (verbo)

HOMÔNIMAS HOMÓFONAS são as palavras que têm grafias diferentes e mesma pronúncia. Vejam:

ACENDER (iluminar, por fogo) e ASCENDER (subir, elevar);
ACENTO (inflexão de voz ou sinal gráfico) e ASSENTO (lugar para sentar-se);
APREÇAR (avaliar preços) e APRESSAR (acelerar)
ÁREA (superfície) e ÁRIA (melodia)
CAÇAR (perseguir a caça) e CASSAR (anular, inutilizar);
CEGAR (tornar cego) e SEGAR (ceifar, cortar para colher);
CENSO (recenseamento, contagem) e SENSO (juízo);
CELA (quarto pequeno ou cubículo) e SELA (arreio de animais)
CERRAR (fechar) e SERRAR (cortar)
CESSÃO (ato de ceder, doação), SEÇÃO ou SECÇÃO (repartição, departamento; divisão) e SESSÃO ( tempo de duração de uma representação ou espetáculo, encontro, reunião);
CONCERTO (acordo, , arranjo, harmonia musical) e CONSERTO (remendo, reparo, arrumação);
ESPECTADOR (o que presencia) E EXPECTADOR ( o que está na expectativa);
ESPERTO (ágil, rápido, vivaz) e EXPERTO (conhecedor, especialista);
ESPIAR (olhar, ver, espreitar) e EXPIAR (pagar uma culpa, sofrer castigo);
ESPIRAR (respirar) e EXPIRAR (morrer);
COSER (costurar) e COZER (cozinhar);
INCIPIENTE (iniciante, principiante) e INSIPIENTE (ignorante);
INTENÇÃO ou TENÇÃO (propósito, finalidade) e INTENSÃO ou TENSÃO ( intensidade, esforço)
PAÇO (palácio) e PASSO (passada).
SINTO (do verbo sentir) e CINTO (objeto de vestuário
TAXA (imposto) e TACHA (prego pequeno)
Resumo

1. Homônimas
a) HOMÓGRAFAS PERFEITAS – mesma grafia e mesma pronúncia
b) HOMÓGRAFAS IMPERFEITAS – mesma grafia e pronuncia diferente
c) HOMÓFONAS – grafias diferentes e mesma pronúncia

terça-feira, 21 de maio de 2013

A história do Lápis




O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura perguntou:
- Você está escrevendo uma história que aconteceu conosco? E, por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade.Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.Finalmente, a Quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, portanto procure ser consciente de cada ação.
(PAULO COELHO)

BULLYING





o que é o bullying?

O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.
Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Colocar apelidos
Ofender
Zoar
Encarnar
Humilhar
Fazer sofrer
Discriminar
Excluir
Isolar
Ignorar
Intimidar
Perseguir
Assediar
Aterrorizar
Amedrontar
Tiranizar
Dominar
Agredir
Bater
Chutar
Empurrar
Ferir
Roubar
Quebrar pertences

sexta-feira, 3 de maio de 2013

O USO DA CRASE


A crase é a junção do artigo
A crase é a junção do artigo






Temos vários tipos de contração ou combinação na Língua Portuguesa. A contração se dá na junção de uma preposição com outra palavra.
Na combinação, as palavras não perdem nenhuma letra quando feita a união. Observe:
• Aonde (preposição a + advérbio onde)
• Ao (preposição a + artigo o)
Na contração, as palavras perdem alguma letra no momento da junção. Veja:
• da ( preposição de + artigo a)
• na (preposição em + artigo a)
Agora, há um caso de contração que gera muitas dúvidas quanto ao uso nas orações: a crase.
Crase é a junção da preposição “a” com o artigo definido “a(s)”, ou ainda da preposição “a” com as iniciais dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo ou com o pronome relativo a qual (as quais). Graficamente, a fusão das vogais “a” é representada por um acento grave, assinalado no sentido contrário ao acento agudo: à.
Como saber se devo empregar a crase? Uma dica é substituir a crase por “ao”, caso essa preposição seja aceita sem prejuízo de sentido, então com certeza há crase.
Veja alguns exemplos: Fui à farmácia, substituindo o “à” por “ao” ficaria Fui ao supermercado. Logo, o uso da crase está correto.
Outro exemplo: Assisti à peça que está em cartaz, substituindo o “à” por “ao” ficaria Assisti ao jogo de vôlei da seleção brasileira.
É importante lembrar dos casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: nas expressões que indicam horas ou nas locuções à medida que, às vezes, à noite, dentre outras, e ainda na expressão “à moda”.  Veja:
Exemplos: Sairei às duas horas da tarde.
À medida que o tempo passa, fico mais feliz por você estar no Brasil.
Quero uma pizza à moda italiana.
Importante: A crase não ocorre: antes de palavras masculinas; antes de verbos, de pronomes pessoais, de nomes de cidade que não utilizam o artigo feminino, da palavra casa quando tem significado do próprio lar, da palavra terra quando tem sentido de solo e de expressões com palavras repetidas (dia a dia).
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras