sábado, 6 de abril de 2013

O Parágrafo e sua estrutura.



Muitas pessoas, quando ouvem a expressão:" vamos produzir um texto", ficam num estado de pânico, terror e aflição. Fiquem calmos, pois, para ajudá-los em suas produções, posto aqui algumas dicas que podem ser bastante úteis em suas produções futuras.Vamos começar pelo parágrafo.
O Parágrafo


MATERIAL DE REDAÇÃO
ORGANIZADO PELO PROFESSOR:
RICARDO MALHEIROS

A Estruturação do Parágrafo

Parágrafo-padrão é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um período, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, a que se agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente decorrentes dela.
O parágrafo é indicado por um afastamento da margem esquerda da folha. Ele facilita ao escritor a tarefa de isolar e depois ajustar convenientemente as idéias principais de sua composição, permitindo ao leitor acompanhar-lhes o desenvolvimento nos seus diferentes estágios.
O tamanho do parágrafo 
Os parágrafos são moldáveis como a argila e podem ser aumentados ou diminuídos, conforme o tipo de redação, o leitor e o veículo de comunicação onde o texto vai ser divulgado. Se o escritor souber variar o tamanho dos parágrafos, dará colorido especial ao texto, captando a atenção do leitor, do começo ao fim. Em princípio, o parágrafo é mais longo que o período e menor que uma página impressa no livro, e a regra geral para determinar o tamanho é o bom senso.

Parágrafos curtos: próprios para textos pequenos, fabricados para leitores de pouca formação cultural. A notícia possui parágrafos curtos em colunas estreitas, já artigos e editoriais costumam ter parágrafos mais longos. Revistas populares, livros didáticos destinados a alunos iniciantes, geralmente, apresentam parágrafos curtos.
Quando o parágrafo é muito longo, o escritor deve dividi-lo em parágrafos menores, seguindo critério claro e definido. O parágrafo curto também é empregado para movimentar o texto, no meio de longos parágrafos, ou para enfatizar uma ideia.

Parágrafos médios:comuns em revistas e livros didáticos destinados a um leitor de nível médio (2º grau). Cada parágrafo médio construído com três períodos que ocupam de 50 a 150 palavras. Em cada página de livro cabem cerca de três parágrafos médios.

Parágrafos longos: em geral, as obras científicas e acadêmicas possuem longos parágrafos, por três razões: os textos são grandes e consomem muitas páginas; as explicações são complexas e exigem várias ideias e especificações, ocupando mais espaço; os leitores possuem capacidade e fôlego para acompanhá-los. 
Tópico frasal----------------------------------------------------- 
A ideia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal (também chamado de frase-síntese ou período tópico). Esse período orienta ou governa o resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários ou periféricos; ele vai ser o roteiro do escritor na construção do parágrafo; ele é o período mestre, que contém a frase-chave.
Como o enunciado da tese, que dirige a atenção do leitor diretamente para o tema central, o tópico frasal ajuda o leitor a agarrar o fio da meada do raciocínio do escritor; como a tese, o tópico frasal introduz o assunto e o aspecto desse assunto, ou a ideia central com o potencial de gerar ideias-filhote; como a tese, o tópico frasal é enunciação argumentável, afirmação ou negação que leva o leitor a esperar mais do escritor (uma explicação, uma prova, detalhes, exemplos) para completar o parágrafo ou apresentar um raciocínio completo. Assim, o tópico frasal é enunciação, supõe desdobramento ou explicação.

A ideia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de outros períodos que explicam ou detalham a ideia central.

Exemplos:

Ao cuidar do gado, o peão monta e governa os cavalos sem maltratá-los. O modo de tratar o cavalo parece rude, mas o vaqueiro jamais é cruel. Ele sabe como o animal foi domado, conhece as qualidades e defeitos do animal, sabe onde, quando e quanto exigir do cavalo. O vaqueiro aprendeu que paciência e muitos exercícios são os principais meios para se obter sucesso na lida com os cavalos, e que não se pode exigir mais do que é esperado.

A distribuição de renda no Brasil é injusta. Embora a renda per capita brasileira seja estimada em U$$2.000 anuais, a maioria do povo ganha menos, enquanto uma minoria ganha dezenas ou centena de vezes mais. A maioria dos trabalhadores ganha o salário mínimo, que vale U$$112 mensais; muitos nordestinos recebem a metade do salário mínimo. Dividindo essa pequena quantia por uma família onde há crianças e mulheres, a renda per capita fica ainda mais reduzida; contando-se o número de desempregados, a renda diminui um pouco mais. Há pessoas que ganham cerca de U$$10.000 mensais, ou U$$ 120.000 anuais; outras ganham muito mais, ainda. O contraste entre o pouco que muitos ganham e o muito que poucos ganham prova que a distribuição de renda em nosso país é injusta.

Exercícios

1. Desenvolva também estes tópicos frasais dissertativos:     
a) A prática do esporte deve ser incentivada e amparada pelos órgãos públicos.     
b) O trabalho dignifica o homem, mas o homem não deve viver só para o trabalho.     
c) A propaganda de cigarros e de bebidas deve ser proibida.     
d) O direito à cultura é fundamental a qualquer ser humano.

2. Desenvolva os tópicos frasais seguintes, considerando os conectivos:

a) O jornal pode ser um excelente meio de conscientização das pessoas, a não ser que
b) As mulheres, atualmente, ocupam cada vez mais funções de destaque na vida social e política de muitos países; no entanto
c) Um curso universitário pode ser um bom caminho para a realização profissional de uma pessoa, mas...      
d) Se não souber preservar a natureza, o ser humano estará pondo em risco sua própria existência, porque...
e) Muitas pessoas propõem a pena de morte como medida para conter a violência que existe hoje em várias cidades; outras, porém
f) Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, porque.
g) Muitos alunos acham difícil fazer uma redação, no entanto
h) Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura, pois
i) Um meio de comunicação tão importante como a televisão não deve sofrer censura, entretanto
j) O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, porque
l) O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, embora


Tópico frasal desenvolvido por enumeração.

Exemplo:

A televisão, apesar das críticas que recebe, tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, por meio de noticiários que mostram o que acontece de importante em qualquer parte do mundo; diversão, através de programas de entretenimento (shows, competições esportivas); cultura, por meio de filmes, debates, cursos.

Faça o mesmo:     
1. Na escolha de uma carreira profissional, precisamos considerar muitos aspectos, dentre os quais podemos citar:     
2. O desrespeito aos direitos humanos manifesta-se de várias formas:    
3. O bom relacionamento entre os membros de uma família depende de vários fatores, como:     
4. A vida nas grandes cidades oferece vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens, podemos lembrar       e, dentre as desvantagens,

Tópico frasal desenvolvido por descrição de detalhes

É o processo típico do desenvolvimento de um parágrafo descritivo:
Era o casarão clássico das antigas fazendas negreiras. Assobradado, erguia-se em alicerces o muramento, de pedra até meia altura e, dali em diante, de pau-a-pique (...)  porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado.(Monteiro Lobato)

Tópico frasal desenvolvido por confronto.

Trata-se de estabelecer um confronto entre duas ideias, dois fatos, dois seres, seja por meio de contrastes das diferenças, seja do paralelo das semelhanças.

Veja o exemplo:
Embora a vida real não seja um jogo, mas algo muito sério, o xadrez pode ilustrar o fato de que, numa relação entre pais e filhos, não se pode planejar mais que uns poucos lances adiante. No xadrez, cada jogada depende da resposta à anterior, pois o jogador não pode seguir seu planos sem considerar os contra-ataques do adversário, senão será prontamente abatido. O mesmo acontecerá com um pai que tentar seguir um plano preconcebido, sem adaptar sua forma de agir às respostas do filho, sem reavaliar as constantes mudanças da situação geral, na medida em que se apresentam. (Bruno Betelheim, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido por razões
No desenvolvimento apresentamos as razões, os motivos que comprovam o que afirmamos no tópico frasal.

As adivinhações agradam particularmente às crianças. Por que isso acontece de maneira tão generalizada? Porque, mais ou menos, representam a forma concentrada, quase simbólica, da experiência infantil de conquista da realidade. Para uma criança, o mundo está cheio de objetos misteriosos, de acontecimentos incompreensíveis, de figuras indecifráveis. A própria presença da criança no mundo é, para ela, uma adivinhação a ser resolvida. Daí o prazer de experimentar de modo desinteressado, por brincadeira, a emoção da procura da surpresa.
(Gianni Rodari, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido por análise.
É a divisão do todo em partes.
Quatro funções básicas têm sido atribuídas aos meios de comunicação: informar, divertir, persuadir e ensinar. A primeira diz respeito à difusão de notícias, relatos e comentários sobre a realidade. A segunda atende à procura de distração, de evasão, de divertimento por parte do público. A terceira procura persuadir o indivíduo, convencê-lo a adquirir certo produto. A quarta é realizada de modo intencional ou não, por meio de material que contribui para a formação do indivíduo ou para ampliar seu acervo de conhecimentos. (Samuel P. Netto, adaptado)

Tópico frasal desenvolvido pela exemplificação
Consiste em esclarecer o que foi afirmado no tópico frasal por meio de exemplos:

A imaginação utópica e inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua presença é uma constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas, sob a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas do pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos e cientistas sociais que, apregoando o sonho de uma vida mais justa, pedem-nos que “sejamos realistas, exijamos o impossível”. (Teixeira Coelho, adaptado)

Exercícios    

1.Grife o tópico frasal de cada parágrafo apresentado. Não deixe de observar como o autor desenvolve.       a) “O isolamento de uma população determina as características culturais próprias. Essas sociedades não têm conhecimento das idéias existentes fora de seu horizonte geográfico. É o que acontece na terra dos cegos do conto de H.G. Welles. Os cegos desconhecem a visão e vivem tranqüilamente com sua realidade, naturalmente adaptados, pois todos são iguais. Esse conceito pode ser exemplificado também pelo caso das comunidades indígenas ou mesmo qualquer outra comunidade isolada.”(Redação de vestibular)     

b) “O desprestígio da classe política e o desinteresse do eleitorado pelas eleições proporcionais são muitos fortes. As eleições para os postos executivos é que constituem o grande momento de mobilização do eleitorado. É o momento em que o povão se vinga, aprovando alguns candidatos e rejeitando outros.

Os deputados, na sua grande maioria, pertencem à classe A. É com os membros dessa classe que os parlamentares mantêm relações sociais, comerciais, familiares. É dessa classe com a qual mantêm maiores vínculos, que sofrem as maiores pressões.

Desse modo, nas condições concretas das disputas eleitorais em nosso país, se o parlamentarismo não elimina inteiramente a influência das classes D e E no jogo político, certamente atua no sentido de reduzi-la.” (Leôncio M. Rodrigues)     

2. Apresentamos a seguir alguns tópicos frasais para serem desenvolvidos na maneira sugerida.
 a) Anacleto é um detetive trapalhão. (por enumeração de detalhes: forneça a descrição física e psicológica do personagem).     
b) As novelas transmitidas pela televisão brasileira são muito mais atraentes que nossos filmes. (por confronto)     
c) As cidades brasileiras estão se tornando ingovernáveis. (por razões)     
d) Há três tipos básicos de composição: a narração, a descrição e a dissertação. (por análise)     
e) Nunca diga que algum ser humano é uma ilha: tudo que acontece a um semelhante nos atinge. (por exemplificação)     

ALGUMAS MANEIRAS DE DESENVOLVER UM PARÁGRAFO INICIAL DE UMA DISSERTÇÃO.

Uma declaração (tema: liberação da maconha)
É um grave erro a liberação da maconha. Provocará de imediato violenta elevação do consumo. O Estado perderá o precário controle que ainda exerce sobre as drogas psicotrópicas e nossas instituições de recuperação de viciados não terão estrutura suficiente para atender à demanda.

Alberto Corazza, Istoé, 20 dez. 1995.

Definição (tema: o mito)
O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de situar no mundo, isto é, de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. É um modo ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabelecer algumas verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou mesmo a construção cultural, mas que dão, também, as formas da ação humana.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda & MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São Paulo, Moderna, 1992. p. 62.

Divisão (tema: exclusão social)
Predomina ainda no Brasil duas convicções errôneas sobre o problema da exclusão social: a de que deve ser enfrentada apenas pelo poder público e a de que sua superação envolve muitos recursos e esforços extraordinários. Experiências relatadas nesta Folha mostram que o combate à marginalidade social em Nova York vem contando com intensivos esforços do poder público e ampla participação da iniciativa privada.

Folha de S. Paulo, 17 dez. 1996.

Oposição (tema: educação no Brasil)
De um lado, professores mal pagos, desestimulados, esquecidos pelo governo. De outro, gastos excessivos com computadores, antenas parabólicas, aparelhos de videocassete. É este o paradoxo que vive hoje a educação no Brasil.

Vários motivos me levaram a este livro. Dois se destacam pelo grau de envolvimento: raiva e esperança. Explico-me: raiva por ver quanto a cultura ainda é vista como artigo supérfluo em nossa terra; esperança por observar quantos movimentos culturais têm acontecido em nossa história, e quase sempre como forma de resistência e/ou transformação. (...)

FEIJÓ, Martim César. O que é política cultural. São Paulo, Brasiliense, 1985. p. 7.


Alusão histórica (tema: globalização)
Após a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos leste-oeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de competição.

Ilustração (tema: aborto)
O Jornal do Comércio, de Manaus, publicou um anúncio em que uma jovem de dezoito anos, já mãe de duas filhas, dizia estar grávida mas não queria a criança. Ela a entregaria a quem se dispusesse a pagar sua ligação de trompas. Preferia dar o filho a ter que fazer aborto.

Antonio Carlos Viana, O quê, edição de 16 a 22 jul. 1994.

Uma pergunta (tema: a saúde no Brasil)
Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os contribuintes já estão cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que parece não ter fim. A cada ano, somos lesados por novos impostos para alimentar um sistema que só parece piorar.

Uma frase nominal seguida de explicação (tema: a educação no Brasil)
Uma tragédia. Essa é a conclusão da própria Secretaria de Avaliação e Informação Educacional do Ministério da Educação e Cultura sobre o desempenho dos alunos do 3º ano do 2º grau submetidos ao Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que ainda avaliou estudantes da 4ª série e da 8ª série do 1º grau em todas as regiões do território nacional.

Folha de S. Paulo, 27 nov. 1996.

Adjetivação (tema: a educação no Brasil)
Equivocada e pouco racional. Esta é a verdadeira adjetivação para a política educacional do governo.

Anderson Sanches, Infocus, n.5, ano 1, 1996. p. 2.

Citação (tema: política demográfica)
"As pessoas chegam ao ponto de uma criança morrer e os pais não chorarem mais, trazerem a criança, jogarem num bolo de mortos, virarem as costas e irem embora". O comentário, do fotógrafo Sebastião Salgado, falando sobre o que viu em Ruanda, é um acicate no estado de letargia ética que domina algumas nações do primeiro mundo.

DI FRANCO, Carlos Alberto. Jornalismo, ética e qualidade. Rio de Janeiro, Vozes, 1995. p. 73.

Citação de forma indireta (tema: comunismo)
Para Marx a religião é o ópio do povo. Raymond Aron deu o troco: o marxismo é o ópio dos intelectuais. Mas nos Estados Unidos o ópio do povo é mesmo ir às compras. Como as modas americanas são contagiosas, é bom ver de que se trata.

Cláudio de Moura e Castro, Veja, 13 nov. 1996.

Exposição do ponto de vista oposto (tema: o provão)
O ministro da Educação se esforça para convencer de que o provão é fundamental para a melhoria da qualidade do ensino superior. Para isso, vem ocupando generosos espaços na mídia e fazendo milionária campanha publicitária, ensinando como gastar mal o dinheiro que deveria ser investido na educação.

Orlando Silva Júnior e Eder Roberto Silva, Folha de S. Paulo, 5 nov.1996.

Comparação (tema: reforma agrária)
O tema da reforma agrária está presente há bastante tempo nas discussões sobre os problemas mais graves que afetam o Brasil. Numa comparação entre o movimento pela abolição da escravidão no Brasil, no final do século passado e, atualmente, o movimento pela reforma agrária, podemos perceber algumas semelhanças. Como na época da abolição da escravidão existiam elementos favoráveis e contrários a ela, também hoje há os que são a favor e os que são contra a implantação da reforma agrária no Brasil.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à sociologia. São Paulo, Ática, 1991. p. 101.

Retomada de um provérbio (tema: mídia e tecnologia)
O corriqueiro adágio de que o pior cego é o que não quer ver se aplica com perfeição na análise sobre o atual estágio da mídia: desconhecer ou tentar ignorar os incríveis avanços tecnológicos de nossos dias, e supor que eles não terão reflexos profundos no futuro dos jornais é simplesmente impossível.

Jayme Sirotsky, Folha de S. Paulo, 5 dez. 1995.

Uma seqüência de frases nominais (frases sem verbos) (tema: a impunidade no Brasil)
Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clínica do Rio. Meia centena de mortes numa clínica de hemodiálise em Caruaru. Chacina de sem-terra em Eldorado dos Carajás.

Alusão a um romance, um conto, um poema, um filme (tema: a intolerância religiosa)
Quem assistiu ao filme A rainha Margot, com deslumbrante Isabelle Adjani, ainda deve ter os fatos vivos na memória. Na madrugada de 24 de agosto de 1572, as tropas do rei da França, sob ordens de Catarina de Médicis, a rainha-mãe e verdadeira governante, desencadearam uma das mais tenebrosas carnificinas da História. (...)

Desse horror a História do Brasil está praticamente livre. (...)

Veja, 25 out. 1995.

Descrição de um fato de forma cinematográfica (tema: violência urbana)
Madrugada de 11 de agosto, Moema, bairro paulistano de classe média. Choperia Bodega – um bar da moda, freqüentado por jovens bem-nascidos. Um assalto. Cinco ladrões. Todos truculentos. Duas pessoas mortas: Adriana Ciola, 23, e José Renato Tahan, 25. Ela, estudante. Ele, dentista.

Josias de Souza, Folha de S. Paulo, 30 set. 1996.

Omissão de dados identificadores (tema: ética)
Mas o que significa, afinal, esta palavra que virou bandeira da juventude? Com certeza não é algo que se refira somente à política ou às grandes decisões do Brasil e do mundo. Segundo Tarcísio Padilha, ética é um estudo filosófico da ação e da conduta humanas cujos valores provêm da própria natureza do homem e se adaptam às mudanças da história e da sociedade.

O Globo, 13 set. 1992.


Boa Sorte!
Bons estudos!
Professor Ricardo Malheiros

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